15 de dez. de 2011

Um Gesto de Ira.



Então, Saul atirou-lhe com a lança para o ferir; com isso entendeu Jônatas que, de fato, seu pai já determinara matar a Davi. (1Sm 20.33.)


Livra-me, Senhor, do ardor da ira,

Das suas garras que prendem como tentáculos de polvo.

Livra-me das palavras tolas, do furor insano

Que acomete o coração, que tira da vida a canção.

Que faz loucuras então:

E faz esquecer-se de Deus,

Esquecer-se dos seus, e estatelar-se no chão.

Para abrandar a ira é somente o perdão,

Conceder e pedir, de coração. Então volta a canção.


O rei Saul abrigou em seu coração a inveja contra Davi. A música popular cantada pelas mulheres atribuía a Saul milhares de inimigos feridos, e a Davi, dez milhares. A partir de então, Saul se revoltou e começou a perseguir Davi com ódio consumado.


Seu filho, Jônatas, era amigo de Davi. Ele tentava trazer seu pai à sensatez. Certo dia, contestou-lhe a ira, dizendo: Por que há de ele morrer? Que fez ele? Ao ouvir essas palavras, Saul, que já estava irado ao extremo, atirou sua lança em Jônatas para o ferir. Este, então, entendeu que seu pai estava decidido a matar o seu amigo e não quis mais conversa. Saiu da mesa do banquete da Festa da Lua Nova.


O erro de Jônatas foi não perceber que o pai estava encolerizado. Ele não podia conversar com ele normalmente naquela circunstância. A pessoa irada não consegue
refletir. Seus atos são impensados. E tanta coisa acontece em momentos de ira…


A Bíblia nos aconselha: Irai-vos e não pequeis; não se ponha o sol sobre a vossa ira, nem deis lugar ao diabo (Ef 4.26,27). A ira é um sentimento próprio do coração humano. Há certas coisas que a provocam, mas não devemos deixar que ela nos domine. Por isso, é necessário acertar as atitudes impensadas e pedir perdão.


Quando alguém estiver irado, ore e deixe passar aquele momento, e fale palavras brandas, pois: A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira…

(Pv 15.1.)

Por Ângela Valadão Cintra

Nenhum comentário:

Postar um comentário