
Humildade é, antes de tudo, uma atitude de reconhecimento e dependência diante de Deus. Uma pessoa verdadeiramente humilde reconhece, por um lado, a grandiosidade de Deus e, por outro lado, a sua própria pequenez, e depende de Deus. O sábio rei Salomão falava disto quando escreveu: “Confia no Senhor de todo o teu coração, e n_o te estribes no teu próprio entendimento. Reconhece-o em todos os teus caminhos… Não sejas sábio aos teus próprios olhos…” (Pv 3.-7). Mais a frente, ele acrescentou: “O Senhor… dá graça aos humildes” (Pv 3.34).
Tiago retomou e desenvolveu este tema em sua epístola, na parte final do Novo Testamento: “Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes. Sujeitai-vos, portanto a Deus… Humilhai-vos na presença do Senhor, e ele vos exaltará…” Ele aplicou o princípio da seguinte maneira: “Atendei agora, vós que dizeis: Hoje, ou amanhã, iremos para a cidade tal, e lá passaremos um ano, e negociaremos e teremos lucros. Vós não sabeis o que sucederá amanhã… Em vez disso, devíeis dizer: Se o Senhor quiser, não só viveremos, como faremos isto ou aquilo. Agora, entretanto, vos jactais das vossas arrogantes pretensões. Toda jactância semelhante a essa é maligna” (Tg 4.6-10,13-16). Aprendemos aqui que o oposto da humildade é a soberba, e que o planejamento sem oração, sem consulta a Deus, e sem sujeição à Sua vontade soberana é pretensão arrogante.
2. HUMILDADE DIANTE DOS HOMENS.
É claro que uma pessoa humilde diante de Deus torna-se humilde diante dos homens. Paulo escreveu aos romanos: “Pela graça que me foi dada, digo a cada um dentre vós que n_o pense de si mesmo além do que convém, antes pense com moderação… Porque somos um só corpo em Cristo e membros uns dos outros, tendo, porém, diferentes dons…” (Rm 12..3-6). As implicações são claras: O cristão não pode pensar que é o tal, que sabe muito, que não necessita de ajuda. Conquanto possa e deva alegrar-se com a “função” que o Senhor lhe atribuiu no “corpo”, e com a maravilhosa oportunidade de servir, deve ser humilde, e reconhecer as suas limitações e necessidades. Usando outra vez a figura do corpo para descrever os relacionamentos, funções e serviços mútuos dos cristãos na igreja, Paulo escreveu aos coríntios: “Não podem os olhos dizer à mão: Não precisamos de ti; nem ainda a cabeça, aos pés: Não preciso de vós.” (I Co 12. 21).
O mesmo apóstolo escreveu ainda aos filipenses: “Nada façais por partidarismo ou vanglória, mas por humildade, considerando cada um os outros superiores a si mesmo” (Fl 2.3).
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